Religiosidade, juventude e sexualidade: entre a autonomia e a rigidez
- PMID: 21886456
- PMCID: PMC3163488
- DOI: 10.1590/S1413-73722008000400006
Religiosidade, juventude e sexualidade: entre a autonomia e a rigidez
Abstract
Esse artigo descreve como jovens religiosos e autoridades religiosas de sua comunidade compreendem a sexualidade, considerando suas experiências pessoais e como membros de comunidades religiosas. A análise pretende contribuir para que políticas públicas dedicadas à promoção da saúde sexual da juventude considerem a religiosidade, no contexto de um estado laico e da promoção do direito à prevenção. Foram realizadas 26 entrevistas abertas e semidirigidas em diferentes comunidades da região metropolitana da cidade de São Paulo (comunidades católicas, da umbanda, do candomblé e de diferentes denominações evangélicas) sobre iniciação sexual, casamento, gravidez, contracepção e prevenção das DST/Aids, homossexualidade, aborto e direitos humanos. Observou-se como jovens e autoridades religiosas convivem com a tensão entre tradição e modernidade e os distintos discursos sobre a sexualidade. Como sujeitos religiosos (do discurso religioso) e sujeitos sexuais (de discursos sobre sexualidade), devem ser incorporados pelos programas como sujeitos de direito nos termos de sua religiosidade.
Esse artigo descreve como jovens religiosos e autoridades religiosas de sua comunidade compreendem a sexualidade, considerando suas experiências pessoais e como membros de comunidades religiosas. A análise pretende contribuir para que políticas públicas dedicadas à promoção da saúde sexual da juventude considerem a religiosidade, no contexto de um estado laico e da promoção do direito à prevenção. Foram realizadas 26 entrevistas abertas e semidirigidas em diferentes comunidades da região metropolitana da cidade de São Paulo (comunidades católicas, da umbanda, do candomblé e de diferentes denominações evangélicas) sobre iniciação sexual, casamento, gravidez, contracepção e prevenção das DST/Aids, homossexualidade, aborto e direitos humanos. Observou-se como jovens e autoridades religiosas convivem com a tensão entre tradição e modernidade e os distintos discursos sobre a sexualidade. Como sujeitos religiosos (do discurso religioso) e sujeitos sexuais (de discursos sobre sexualidade), devem ser incorporados pelos programas como sujeitos de direito nos termos de sua religiosidade.
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