Factors associated with the contraindicated use of oral contraceptives in Brazil
- PMID: 28099550
- PMCID: PMC5260930
- DOI: 10.1590/S1518-8787.2017051006113
Factors associated with the contraindicated use of oral contraceptives in Brazil
Abstract
Objective: To estimate the prevalence of the contraindicated use of oral contraceptives and the associated factors in Brazilian women.
Methods: 20,454 women who answered the VIGITEL survey in 2008 also participated in this study, of which 3,985 reported using oral contraceptives. We defined the following conditions for the contraindicated use of contraceptives: hypertension; cardiovascular diseases such as heart attack, stroke/cerebrovascular accident; diabetes mellitus; being smoker and 35 years old or older. We estimated the prevalence and 95% confidence intervals of contraindicated use in users of oral contraceptives and the factors associated with contraindication by prevalence ratio and 95% confidence intervals.
Results: In the total population, 21% (95%CI 19.7-21.9) of women showed some contraindication to the use of oral contraceptives, of which 11.7% (95%CI 10.6-13.7) belonged to the group of users of oral contraceptives. The most frequent contraindication in users of oral contraceptives was hypertension (9.1%). The largest proportion of women with at least one contraindication was aged between 45 and 49 years (45.8%) and with education level between zero and eight years (23.8%). The prevalence of contraindication to oral contraceptives was higher in women less educated (zero to eight years of study) (PR = 2.46; 95%CI 1.57-3.86; p < 0.05) and with age between 35-44 years (PR = 4.00; 95%CI 2.34-6.83) and 45-49 years (PR = 5.59; 95%CI 2.90-10.75).
Conclusions: Age greater than or equal to 35 and low education level were demographic and iniquity factors, respectively, in the contraindicated use of oral contraceptives.
Objetivo: Estimar a prevalência de contraindicação ao uso de anticoncepcionais orais e os fatores associados em mulheres brasileiras.
Métodos: Participaram 20.454 mulheres que responderam ao inquérito Vigitel em 2008, das quais 3.985 reportaram uso de contraceptivos orais. Definiu-se como uso contraindicado de anticoncepcionais quando presente pelo menos uma condição: hipertensão; doenças cardiovasculares como infarto, derrame/acidente vascular encefálico; diabetes mellitus; ser tabagista e ter idade igual ou maior de 35 anos. Foram estimadas as prevalências e intervalos de 95% de confiança de uso contraindicado em usuárias de anticoncepcionais orais e fatores associados à contraindicação por meio de razões de prevalência e intervalos de 95% de confiança.
Resultados: Na população total, 21,0% (IC95% 19,7-21,9) das mulheres apresentaram alguma contraindicação ao uso de anticoncepcionais orais, das quais 11,7% (IC95% 10,6-13,7) pertenciam ao grupo de usuárias de anticoncepcionais orais. A contraindicação mais freqüente entre as usuárias de anticoncepcionais orais foi hipertensão (9,1%). A maior proporção de mulheres com pelo menos uma contraindicação tinha entre 45 a 49 anos (45,8%) e escolaridade entre zero e oito (23,8%). A prevalência de contraindicação de anticoncepcionais orais foi maior nas mulheres menos escolarizadas (zero a oito anos de estudos) (RP = 2,46; IC95% 1,57-3,86; p < 0,05) e idade entre 35-44 anos (RP = 4,00; IC95% 2,34-6,83) e 45-49 anos (RP = 5,59; IC95% 2,90-10,75).
Conclusões: Idade maior ou igual a 35 e escolaridade baixa foram fatores demográficos e de iniquidade, respectivamente, no uso contraindicado de contraceptivos orais.
OBJETIVO: Estimar a prevalência de contraindicação ao uso de anticoncepcionais orais e os fatores associados em mulheres brasileiras.
MÉTODOS: Participaram 20.454 mulheres que responderam ao inquérito Vigitel em 2008, das quais 3.985 reportaram uso de contraceptivos orais. Definiu-se como uso contraindicado de anticoncepcionais quando presente pelo menos uma condição: hipertensão; doenças cardiovasculares como infarto, derrame/acidente vascular encefálico; diabetes mellitus; ser tabagista e ter idade igual ou maior de 35 anos. Foram estimadas as prevalências e intervalos de 95% de confiança de uso contraindicado em usuárias de anticoncepcionais orais e fatores associados à contraindicação por meio de razões de prevalência e intervalos de 95% de confiança.
RESULTADOS: Na população total, 21,0% (IC95% 19,7–21,9) das mulheres apresentaram alguma contraindicação ao uso de anticoncepcionais orais, das quais 11,7% (IC95% 10,6–13,7) pertenciam ao grupo de usuárias de anticoncepcionais orais. A contraindicação mais freqüente entre as usuárias de anticoncepcionais orais foi hipertensão (9,1%). A maior proporção de mulheres com pelo menos uma contraindicação tinha entre 45 a 49 anos (45,8%) e escolaridade entre zero e oito (23,8%). A prevalência de contraindicação de anticoncepcionais orais foi maior nas mulheres menos escolarizadas (zero a oito anos de estudos) (RP = 2,46; IC95% 1,57–3,86; p < 0,05) e idade entre 35-44 anos (RP = 4,00; IC95% 2,34–6,83) e 45-49 anos (RP = 5,59; IC95% 2,90–10,75).
CONCLUSÕES: Idade maior ou igual a 35 e escolaridade baixa foram fatores demográficos e de iniquidade, respectivamente, no uso contraindicado de contraceptivos orais.
Conflict of interest statement
The authors declare no conflict of interest.
Figures
Similar articles
-
Use of and access to oral and injectable contraceptives in Brazil.Rev Saude Publica. 2016 Dec;50(suppl 2):14s. doi: 10.1590/S1518-8787.2016050006176. Rev Saude Publica. 2016. PMID: 27982384 Free PMC article.
-
Use of medicines and other products for therapeutic purposes among children in Brazil.Rev Saude Publica. 2016 Dec;50(suppl 2):12s. doi: 10.1590/S1518-8787.2016050006115. Rev Saude Publica. 2016. PMID: 27982372 Free PMC article.
-
Free access to medicines for the treatment of chronic diseases in Brazil.Rev Saude Publica. 2016 Dec;50(suppl 2):7s. doi: 10.1590/S1518-8787.2016050006118. Rev Saude Publica. 2016. PMID: 27982374 Free PMC article.
-
Sociodemographic profile of medicines users in Brazil: results from the 2014 PNAUM survey.Rev Saude Publica. 2016 Dec;50(suppl 2):5s. doi: 10.1590/S1518-8787.2016050006119. Rev Saude Publica. 2016. PMID: 27982375 Free PMC article.
-
Influence of hormonal contraceptives and the occurrence of stroke: integrative review.Rev Bras Enferm. 2017 May-Jun;70(3):647-655. doi: 10.1590/0034-7167-2016-0056. Rev Bras Enferm. 2017. PMID: 28562816 Review. English, Portuguese.
Cited by
-
Quality of prescription writing in Brazilian primary health care.Prim Health Care Res Dev. 2023 Jul 31;24:e49. doi: 10.1017/S1463423623000415. Prim Health Care Res Dev. 2023. PMID: 37522367 Free PMC article.
-
Analysis of access to health services in Brazil according to sociodemographic profile: National Health Survey, 2019.Epidemiol Serv Saude. 2022 Dec 19;31(3):e2022966. doi: 10.1590/S2237-96222022000300013. Epidemiol Serv Saude. 2022. PMID: 36542048 Free PMC article.
-
Social inequalities in the use of contraceptives in adult women from Southern Brazil.Rev Saude Publica. 2019 Apr 1;53:28. doi: 10.11606/S1518-8787.2019053000861. Rev Saude Publica. 2019. PMID: 30942270 Free PMC article.
-
Trends in traffic accident mortality and social inequalities in Ecuador from 2011 to 2022.BMC Public Health. 2024 Jul 21;24(1):1951. doi: 10.1186/s12889-024-19494-7. BMC Public Health. 2024. PMID: 39034408 Free PMC article.
-
Intimate partner violence and women's mental health during the COVID-19 pandemic in Brazil.Trends Psychiatry Psychother. 2024;46:e20220594. doi: 10.47626/2237-6089-2022-0594. Epub 2023 Apr 17. Trends Psychiatry Psychother. 2024. PMID: 37068784 Free PMC article.
References
-
- Alkema L, Kantorova V, Menozzi C, Biddlecom A. National, regional, and global rates and trends in contraceptive prevalence and unmet need for family planning between 1990 and 2015: a systematic and comprehensive analysis. Lancet. 2013;381:1642–1652. - PubMed
-
- Brito MB, Nobre F, Vieira CS. Contracepção hormonal e sistema cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2011;96(4):81–89. - PubMed
-
- Dias-da-Costa JS, Gigante DP, Menezes AMB, Olinto MTA, Macedo S, Britto MAP, et al. Uso de métodos anticoncepcionais e adequação de contraceptivos hormonais orais na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: 1992 e 1999. Cad Saude Publica. 2002;18(1):93–99. doi: 10.1590/S0102-311X2002000100010. - DOI - PubMed
MeSH terms
Substances
LinkOut - more resources
Full Text Sources
Other Literature Sources
Research Materials